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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Manifestação AZUL

Cruzeirenses pediram respeito ao associado e transparência na administração do clube
Torcedores mostraram seus cartões de sócio do futebol e mensalidades de junho quitadas



Dezenas de cruzeirenses sócios do futebol compareceram, no início da tarde desta quinta-feira, na portaria da sede administrativa do clube, no Barro Preto, para protestar contra a diretoria celeste. Eles reivindicavam mais respeito ao sócio, que renovou seu contrato anual no início deste mês e ainda não sabe se poderá assistir às partidas do clube na Arena do Jacaré. O estádio em Sete Lagoas é mais próximo de BH e de comparecimento mais viável do que os de Uberlândia e Ipatinga, anunciados pelo clube como certos para sediar os jogos do Cruzeiro.
Um dos organizadores do protesto, o torcedor Bruno Borém explicou que todos os manifestantes são associados e contribuem ativamente com o clube. “Há um descaso e desrespeito com os torcedores. Convocaram a torcida do Cruzeiro para aderir ao Sócio do Futebol, nós aderimos, estamos sempre presentes no estádio. A gente entende que o Mineirão está fechado, mas eles divulgaram durante meses e meses que os jogos seriam em Sete Lagoas, muitos de nós pagamos o boleto (de renovação de contrato), e agora afirmam que os jogos vão ser em Uberlândia e Ipatinga”, reivindicou o sócio.

   “Ninguém falou nada conosco. O senhor Dimas Fonseca (diretor de futebol) apenas afirmou que reuniria com a direção para saber o que fazer com o sócio. Acho que foi um descaso total. Nós amamos o clube e vamos para Sete Lagoas todos os jogos, mas ir para Uberlândia é difícil”, completou Bruno.
O torcedor sócio do futebol que pagou o boleto do mês de junho renovou automaticamente seu contrato com o clube por um ano.

Torcedores levaram faixas e fizeram muito barulho na porta da sede administrativa do clube

Outras reivindicações

   O projeto de fidelidade celeste não foi o único motivo da manifestação dos cruzeirenses na porta da sede administrativa. Eles também pediram mais transparência nas negociações de atletas e reforços de peso para o clube. O longo hiato sem títulos de expressão também foi questionado por alguns torcedores. “Essa forma de gestão que o Perrella vem adotando há sete anos tem interferido diretamente nos nossos resultados. Infelizmente, um clube que contrata 15 jogadores, sendo que 14 são apostas, não tem como ir para frente. Sem falar nas negociatas obscuras. Jogador da base é vendido com passe repartido com empresa. Ninguém entende nada. Divulga uma coisa na imprensa e, quando vai vender, já está todo ‘partido’ o jogador, mal fica dinheiro com o Cruzeiro”, reclamou o torcedor Breno Lemos.
O cruzeirense Bruno Borém engrossou o coro do manifestante. “Com certeza a diretoria está omissa e falta transparência. É uma notícia atrás de outra e, em 24 horas, ela é negada pela imprensa ou pela própria diretoria. Um dia vamos jogar em Uberlândia, no outro dia surge outra notícia”.

Palavra do clube

A manifestação começou às 12h30 e durou cerca de 40 minutos. Os torcedores ecoaram gritos pedindo explicações sobre a situação do sócio e exibiram faixas de protesto. Ninguém do clube foi até a rua para dar satisfação aos torcedores, mas o gerente de futebol Valdir Barbosa atendeu à imprensa presente no local.
Valdir manteve a posição do clube de aguardar a sequência das obras da Arena do Jacaré, para analisar suas condições de jogo. O gerente, porém, garantiu que o sócio do futebol não será prejudicado.

“É bom esclarecer que não foi o Cruzeiro que fechou o Mineirão e o Independência. O Independência foi prometido pelo Governo que estaria pronto para jogar assim que o Mineirão fosse fechado. Agora já transferiram a reinauguração do estádio para janeiro, para o Campeonato Mineiro do ano que vem, explicou o gerente.

“Primeiramente temos que ter uma postura da Arena do Jacaré para saber como vamos fazer. Uma coisa eles (sócios) podem ter certeza, prejuízo eles não vão levar. Agora, não temos estádio para fazer os jogos em Belo Horizonte. Se nós não temos estádio, nós temos que ver como vai ficar a situação. A culpa não é do Cruzeiro. Não foi o Cruzeiro que reformou Mineirão e Independência. Nós temos que buscar alternativa. Mas prejuízo ele não vai levar. Se ele não puder assistir aos jogos, vamos encontrar outra forma”, ratificou Valdir Barbosa.

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